Quarta Colônia (164)

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Quarta Colônia

  • Data de Publicação: 11 de dezembro de 2009




Especial Cidades & Cotidiano

Paleo RS reforça identidade única da Quarta Colônia

Para quem não conhece, o Paleo RS é uma reunião anual de paleontólogos, que reúne professores, alunos, pesquisadores, paleoartistas e interessados em Paleontologia, com o objetivo de integrar a comunidade em um ambiente técnico e informal. A novidade, e o privilégio para a região, é que neste ano, o evento contou com a organização e a estrutura do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica (Cappa), em São João do Polêsine. O Paleo RS 2009 aconteceu entre os dias 03 e 05 de dezembro, e segundo as informações de Átila Stock da Rosa, geólogo, professor da Universidade Federal de Santa Martia (UFSM) e coordenador-geral do evento, a conquista serviu - e continuará a servir - para interessantes discussões acadêmicas, para o avanço da pesquisa, na atuação conjunta de pesquisadores e na divulgação deste conhecimento para a comunidade leiga, em conformidade e mediante apoio da Sociedade Brasileira de Paleontologia (SBP).


Como foi

Com o intuito de buscar a formatação de um circuito turístico e educativo, e sob a intenção de, através do conhecimento, poder preservar o nosso patrimônio, a comunidade da Quarta Colônia teve a oportunidade de presenciar a apresentação de importantes informações paleontológicas, muitas da própria região e com um único rumo: o entendimento acerca da evolução de formas de vida de um passado muito distante, mas que, sem dúvida, cabe a nós preservar. Além das sessões técnicas, com apresentação de trabalhos e palestras, conduzidas por importantes nomes do segmento, o Paleo RS oportunizou mini-cursos para os professores do ensino Básico. E, entre outras ações, como a simples e valorosa possibilidade de troca informal de experiências e complementariedade de competências, possibilitou uma atividade de campo, focada na visita a sítios fossilíferos importantes da região (confira a cobertura completa desta na próxima edição do Caderno Quarta Colônia).


Com a palavra, quem entende do assunto e apóia a causa

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“O evento é importante especialmente por unir os interessados no assunto, mas mais que isso por promover o compartilhamento de informações e conhecimento, bem como pela divulgação do que se pode fazer de modo extensionista”. Carla Kotzian, professora na UFSM, sobre a importância do evento.


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“Estamos nos reunindo fora do eixo da capital, diante de uma possibilidade muito grande de nos congregarmos perto dos fósseis, diante de nove municípios com referências culturais muito fortes, com patrimônio florestal, natural, histórico, entre outras riquezas. O sonho está sendo construído e este evento vem a consolidar a ideia de que precisamos dos cientistas do nosso lado, bem como a capacidade e o universo único que eles têm a conferir”. José Itaqui, secretário executivo do Condesus, na abertura do evento.


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“O que fortalecemos é a comunidade paleontológica dando suporte ao Cappa. O que queremos é preencher as lacunas de conhecimento e mais: que o cidadão ajude a proteger o patrimônio paleontológico, bem como ofertar a ele, à comunidade, projetos de médio e longo prazo. Estamos diante de uma unidade viva onde a semente para isso será a pesquisa e o Paleo RS só vem a somar e a começar a caracterizar o ambiente enquanto um referencial educativo”. Átila Stock da Rosa, professor da UFSM, sobre o evento e objetivos futruros.


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“Sabendo das intenções do Cappa e do trabalho desenvolvido até aqui, creio que o estudo confirme o mais difícil e mais importante passo inicial. A estrutura está pronta e não sou apenas otimista ao afirmar que os frutos trarão reflexos positivos em outros setores. Tenho certeza que se os poderes públicos realmente criarem ferramentas para o desenvolvimento e a população se comprometer em aprender e a valorizar a riqueza diversificada que a ronda, o futuro será promissor”. Michel Godoy, geólogo do Serviço Geológico do Brasil, palestrante no primeiro dia do evento, sobre o projeto Geoparque Quarta Colônia.


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“É uma questão de reconhecimento. O que a Quarta Colônia abrange é único e que nós, das mais diversas áreas da Paleontologia, ganhamos com um evento como esse é a grata surpresa de encontrarmos um lugar que estará apto para trabalharmos e trocarmos experiências”. Isabela Degani Schimidt e Vanessa Gregis Pitana (da esq. p/dir.), do PPG – Geociências da UFRGS, sobre o evento.


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“Acredito que a palavra seja oportunidade. Estou entusiasmado. Participamos da montagem do processo inicial. Agora, poder unir esforços e trabalharmos juntos só pode ser uma oportunidade que merece e deve ser aproveitada”. Jorge Ferigolo, do Museo de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica, sobre o Cappa.


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“A iniciativa é única no País e isso a comunidade precisa perceber. Creio que ela objetive o que está por trás de todo o conceito de Geoparque, levando como foco o aproveitamento sustentável e trazendo no ensino, na consciência mais do que uma possibilidade de melhoria em acessos e outros fatores consequentes, mas uma melhoria cultural”. Roberto Iannuzzi, professor da UFRGS e presidente da SBP, sobre o projeto Geoparque Quarta Colônia.

Créditos das fotos: Andrewes Koltermann


Pesquisa & Realidade

O Tempo e suas Interações

José Itaqui*


Eu não sei se o assunto que pretendo tratar neste artigo, me ocupar no vazio desta página, pareça ser “coisas de um velho”. Até porque o único velho nesta casa é Toto (gato da raça siamês). Ele sim é um idoso. Mais ainda se o que dizem, para que se tenha uma ideia real do tempo de vida de um felino deva-se multiplicar a idade (18 anos) por sete: 126 anos!

O tempo tem sido objeto de minhas cavilações e está presente em meus escritos, mas este assunto não me parece ser uma preocupação decorrente da idade. Muito pelo contrário: é uma reflexão do modus de vida contemporâneo. Percebo que o meu tempo e os momentos de gozo foram sendo subtraídos por uma busca obsessiva em responder a questões de trabalho e de necessidades básicas de consumo. Os produtos da revolução tecnológica estão modificando radicalmente as relações cotidianas e a nossa qualidade de vida. Esta que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) define em base aos consumo de produtos e serviços e que nos colocam no primeiro o no terceiro mundo.

Desta revolução tecnológica tomo dois comportamentos que se retro-alimentam. Um deles está associado à produção de conhecimentos e, como resultado, de produtos. O outro é o consumo dos produtos disponibilizados pelo mercado globalizado e que definem as condições de vida, IDAH. Estes dois campos nos jogam num tobogã de necessidades vertiginosas transformando e condicionando o tempo em mais trabalho para poder ter tempo para o laser ou uma abstração de viver, nem que seja por momentos termos a sensação de um “dolci far niente” (expressão italiana que significa, literalmente, doce fazer nada, e é usada para falar do prazer dos momentos indolentes).

Ainda é lei, apesar da pressão acirrada da patronal, de que um trabalhador deva ter oito horas dia de trabalho, 40 horas semanais e 160 mensais. Na prática, decorrente do desemprego e da massa de jovens aptos a ingressarem no mercado, este tempo tem sido pressionado pelos medos e todos os fantasmas que as relações de trabalho jogam sobre os ombros do trabalhador. Fazendo com que as horas de descanso e os fins-de-semana, que são para a reposição de energias junto à família ou ao bel prazer, o trabalho passou a ocupar grande parte das horas de ócio. As férias, quando as contas não obrigam a venda de um terço do descanso, são reduzidas “voluntariamente” para ocupar a trincheira, marcar presença e aguentar as neuras e outros sintomas resultantes do medo de ser demitido.

Deste mesmo processo, decorrente da facilidade de acesso à informação e ao conhecimento, frente a qualquer demanda, somos “induzidos”, “facilitados” pelo acesso à informação, a forçar os limites da função e sem darmos por conta ela é transformada numa servidão. Sobre-trabalho que torna insuficiente as 8, 40 ou 160 horas..., para responder as necessidades insaciáveis dos nossos medos e as inseguranças e os acosses de uma patronal sem limites. Estas horas não pagas e não contalibizadas são as que enriquecem os nossos patrões.

Ócio! Para quê ou para quem?

Voltando o nosso idoso felino: ele não é um consumista. Muito pelo contrário. É um tradicionalista, carnívoro por condição genética. A ração é uma imposição necessária para equilibrar sua dieta. Estava eu na cozinha preparando o almoço quando ele entrou, parou frente à geladeira e como eu não respondi a sua necessidade, foi até o prato da ração, comeu uns grãos e saiu. Foi então que percebi que sua carne havia terminado. Logo o seu choro tomou conta da casa, mas não é um choro qualquer, é mais do que isto: é um lamento. Lamento que associado ao fundo musical desta manhã, uma coletânea de sucessos de Mahalia Jackson, foi que percebi que quando esta deusa da musica negra americana começou a cantar Crying in de chapel a depressão do Toto chegou no seu clímax e, por pouco, eu não surto também com tal lamento. Que fazer? Não tive outra saída senão descer para comprar carne.

Quando voltei a casa, cortei a sua porção de carne em pequenos pedaços, coloquei o CD Oxigene 7-13 de Jean Michel Jarre, alcei o todo da sua almofada e o levei até a cozinha para comer. Equilibradas as energias do ambiente voltei ao trabalho num sábado, 30 de novembro de 2009, para escrever o centésimo e alguns mais dos 164 artigos publicados neste caderno. Obrigado por fazerem deste caderno um dos mais lidos do Diário.


Secretário Executivo do CONDESUS condensus@quartacolonia.com.br


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Créditos: Divulgação


Quarta Colônia Viva

Semana do município movimenta Silveira Martins

Para quem não sabe, Silveira Martins é ponto significativo no contexto regional. Emancipada de Santa Maria em 1987, o município mescla as belezas de um passado cheio de histórias e um presente onde a natureza é presença constante. A cidade, assim como os demais municípios da Quarta Colônia, valoriza seus traços significativos – sua arquitetura marcante, as delícias de sua gastronomia e as belezas naturais. O turismo é ponto forte, estimulado pela localização privilegiada do município.

A partir de hoje (11) até o dia 20 deste mês, Silveira tem uma programação intensa para comemorar a semana do município. Neste ano, além da tradicional missa de Ação de Graças, as festividades contam com bailes e shows para animar a população e também com novidades como apresentações de Rapel e Escalada. O evento traz ainda, uma deliciosa feira de biscoitos e massas e um lindo desfile que esse ano vai abordar o tema “Evolução da Agricultura”.

E para quem gosta de esportes, a programação oferece um torneio de futsal e o II Futebol de Bombachas, que promete muita diversão tanto para quem joga, quanto para que assiste. E mais: a criançada não vai ficar de fora, já que está prevista a distribuição de presentes para os pequenos. Outras atividades interessantes vão ser a exposição de peças antigas e as apresentações dos grupos Atoque, Tambores do Vale e Grupo de Minas.


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A partir de hoje (11) até o dia 20, Silveira Martins tem programação intensa.

Créditos: Andrewes Koltermann


Confira alguns destaques da programação

  • 11/12: Missa de Ação de Graças, às 20h, na Igreja Matriz Santo Antonio de Pádua e abertura da Semana do Município, no CTG Liberdade às 21h.
  • 12/12: Apresentação de Rapel e Escalada com o Grupo Leões da Montanha Aventura e Esporte Radicais a partir das 15h na Praça Giuseppe Garibaldi.
  • 13/12: Desfile “Evolução da Agricultura”, a partir das 15h, na Praça Giuseppe Garibaldi.
  • 15/12: Brinquedos para a criançada, a partir das 14h, em frente à Praça.
  • 17/12: Exposição de peças antigas no Centro Cultural, a partir das 10h.
  • 18/12: Início da I Feira do Biscoito e da Massa a partir das 19h, e apresentação de música ao vivo, a partir das 20h.
  • 19/12: Torneio Inter Seleções de Futsal, no Clube Agrícola Recreativo de Silveira Martins.
  • 20/12: Encerramento da Semana do Município com o “II Futebol de Bombacha”, a partir das 16h, no Campo do Gaúcho, com tiro de laço logo após o jogo.


Humor

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Para fazer em casa

Macarrão com molho italiano

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Créditos: Divulgação


Ingredientes


  • 3 colheres (sopa) de óleo
  • 1 folha de louro
  • 1 cebola picada
  • 2 dentes de alho picados
  • 500g de acém picados
  • 1 e 1/2 xícara (chá) de caldo de carne
  • 1 paio picado
  • 2 linguiças sem pele picadas
  • 1kg de tomate sem pele e sem sementes picados
  • 1 talo de salsão picado
  • Sal e pimenta do reino à gosto
  • 1 colher (sobremesa) de amido de milho
  • 500g de massa curta cozida "al dente"


Modo de preparo


Em uma panela de pressão, aqueça o óleo. Junte a folha de louro, doure a cebola e o alho. Junte o acém e refogue bem, sem parar de mexer. Acrescente um pouco de caldo de carne e cozinhe por 10 minutos. Junte o paio, a linguiça, o tomate e o salsão. Tempere com sal e pimenta e acrescente o restante do caldo de carne. Feche a panela, cozinhe durante 20 minutos depois do início da pressão ou até a carne ficar macia. Deixe sair totalmente a pressão, abra a panela e coloque o amido de milho dissolvido em um pouco de caldo. Cozinhe até engrossar levemente. Coloque sobre a massa e sirva.


Agenda

Natal já é tema nos eventos da região

  • Agudo Dando continuidade ao Natal de Luz de Agudo, hoje (11) acontece a Confraternização de Natal e encerramento das atividades do ano de 2009 dos Grupos da Melhor Idade do município. O evento acontece às 9h na S.C.E. Centenário, e conta com a presença do Papai Noel. No domingo (13), às 19h será realizado um Culto de Natal na Igreja Assembléia de Deus, referente ao Dia da Bíblia. O culto será realizado na Praça da Emancipação.


  • Dona Francisca Domingo (13), em Linha Ávila, distrito de Dona Francisca, acontecerá a Festa de Nossa Senhora Aparecida. A programação oferece missa às 10h, almoço e festividades à tarde.


  • Pinhal Grande Também no domingo (13), Pinhal Grande tem atividade. A programação é natalina: às 16h, no Salão Paroquial Bairro São José acontece a festa “Natal Integrado”, com apresentações dos alunos da Casa da Cultura e coral da Igreja, do Coral de Ivorá e dos alunos do Projeto Cidadão Consciente de Nova Palma. Além disso, o Papai Noel marca presença e deverá entregar presentes para as crianças. E não para por aí. Na quinta-feira (17), na Comunidade do Sobrado, acontecerá a apresentação dos alunos da Casa de Cultura e Coral da Igreja e o Papai Noel também estará lá entregando presentes.


  • Nova Palma Durante os dias 14,15 e 16 acontece a Caravana de Natal nas comunidades do interior do município. Estão previstas para estes dias várias atividades. Entre elas, a chegada do Papai Noel com distribuição de presentes para crianças de até dez anos e encenações natalinas.


  • São João do Polêsin Até o dia 15 serão aceitas as cartinhas para participar do concurso “Cartinhas ao Papai Noel”. Crianças de 1ª a 4ª séries de escolas municipais e estaduais podem enviar cartas à Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agricultura (ACISA) contando uma história de Natal. Os autores das melhores histórias serão presenteados. Porém, quem quiser presentear as demais cartinhas, pode entrar em contato com a diretoria da ACISA e “adotar” uma história. Outro concurso natalino que acontece em São João do Polêsine é intitulado “Decoração de Residências”. Até o dia 20 deste mês uma comissão avaliará as casas inscritas e as três consideradas mais bonitas receberão uma cesta com produtos de Natal. Mais informações na ACISA, na rua Antonio Ceretta, 1579.


Mais

  • Domingo (13) à noite acontece a Caravana do Papai Noel, na praça da Matriz.
  • Dia 16, quarta-feira, será realizada uma confraternização promovida pela Pastoral da Criança com apoio do Motogrupo Leões Indomáveis, às 17h na Linha do Monte, às 17h30min na Vila Nova São Lucas e às 18h30min na Vila São Lucas.
  • Ainda no dia 16 está previsto o evento “Atoque – Percussão em Movimento - Quarta Colônia”, com apresentações dos Grupos de Percussão da Quarta Colônia. O evento acontece às 20h30m, na SACE – Polesinense. A entrada é franca e quem quiser pode fazer a doação de um brinquedo para o Natal das crianças.
  • No dia 17, quinta-feira, acontece mais uma Caravana do Papai Noel, com distribuição de balas. O evento está marcado para as 19h30min em Ribeirão (em frente à Igreja), Vale Vêneto (na Praça da Igreja e Casa das Irmãs) e Vila Ceolin (no Salão da Comunidade, com apresentações artísticas e confraternização).